A cruel realidade dos Taliban, contada por uma criança de 13 anos, cuja irmã, de 9 anos, foi o meio para atingir um fim: bomba.
Nunca tinha pensado que as crianças tinham, entre os Taliban, aquele fim.
Não consigo deixar de pensar na hipocrisia daqueles que recrutam pessoas para serem suicidas. Falam-lhes do paraíso, em como estão a servir uma 'causa maior', em como o sacrifício das suas vidas é uma 'honra', mas a si próprios (recrutas e "chefes") não é atada bomba nenhuma! Claro que não poderá haver usurpação de funções, longe deles quererem ocupar o lugar que não lhes pertence ao ponto egoísta de privarem outro do destino e fim últimos: a morte para a morte.
E, por mais que tente, não consigo de forma alguma perceber porque é que para matarem têm de usar pessoas. Não quero, de forma alguma, com isto dizer, que acho bem que matem, mas assassinos há muitos e das mais variadas espécies, terroristas também os haverá...mas porquê usar pessoas? Pessoas que, como conta Meena, são, por vezes, da sua própria família! Uma mãe assiste ao procedimento..colocação e fixação das bombas no corpo da sua filha de 9 anos, enquanto o seu marido e outro filho lhe explicam que ainda que a bomba seja pesada se sentirá muito mais confortável quando estiver no carro...e que tem uma sorte incalculável porque vai para o Paraíso antes deles...a mãe desmaia quando ouve a sua filha a chorar por ela...porque é que permite? Se está aflita e em sofrimento angustiante é porque não concorda com tal filosofia, mas então porque é que não foge, tal como fiz Meena?
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