30 November 2009

Al Jazeera English - Europe - Germany begins 'Nazi guard' trial

Al Jazeera English - Europe - Germany begins 'Nazi guard' trial

Swiss minaret ban

Não está em causa de somos a favor ou contra os referendos, em geral. Mas uma proibição destas pode ser democrática? A vontade do povo prevalece, em teoria, concordo em absoluto com a afirmação, mas quando essa vontade é, por natureza, contrária à própria democracia/liberdade? Li neste artigo que de 160 mesquitas, apenas 4 têm os minaretes, mas será este um dado relevante para tecermos qualquer tipo de consideração sobre a proibição? Não me parece. 
Martin Baltisser - citado neste artigo - nega que tenha sido/seja uma campanha racista, considerando antes que se tratou de uma oportunidade de discutir "os medos genuínos do povo"...medo de quê? 
A Constituição será alterada para introduzir uma disposição que viola os princípios que sustentam um Estado de Direito Democrático. 
A expectativa assenta agora no Tribunal Europeu dos Direitos do Humanos.

Source: Aljazeera

Source: Aljazeera

26 November 2009

ESTAÇÃO IMAGEM!!!!

Vai acontecer! Aliás, aconteceu! Melhor ainda, acontece! Já "é"!
Estação Imagem, um lugar ubíquo!
O fotojornalismo em acção. 
O retomar de um impulso que muito se manifestou nas décadas de 60 e 70? 
Desta feita não veremos greves e outras manifestações com objectivos em muito superiores aos resultados. Não se virará contra vós a tinta com que bombardeiam o ecrã, a imagem é a mensagem!
A Luís Vasconcelos, o mentor da Associação Estação Imagem, um sorriso que dispensa verbos :)

24 November 2009

'Iraq war inquiry opens in UK'



Source: Aljazeera
Finalmente procurarão descobrir o que realmente levou à invasão do Iraque. 
Como diz um membro do Parlamento inglês "I would like to see people before the International Court in the Hague". Eu, além de Tony Balir, gostaria de ver George W. Bush. 
Entre os que sempre se manifestaram contra a guerra no Irque, a opinião é unânime: a adesão do Reino Unido foi sustentada em mentiras!
Enough is enough! 
Já estamos mais do que em tempo de responsabilizar os culpados por uma guerra que ao que tudo sempre indicou e indica é ilegítima.
Lembro-me de ler, creio que na Visão, num quadrado minúsculo uma certeza (de Tony Blair e não sei se também de George W. Bush) de perdão por parte do Mundo face à ausência de armas nucleares no Iraque e à 'escusada' guerra. O meu choque perante tal tal afirmação foi tão grande quanto a certeza de que alguma vez, tanto aos Estados Unidos (leia-se a George W. Bush) como ao Reino Unido (leia-se a Tony Blair), se perdoará a ilegítima guerra que é a do Iraque.

Source: Aljazeera

20 November 2009

Temos Presidente!

Al Jazeera English - Europe - Belgian PM named as EU president

Source: Aljazeera
Temos Presidente do Conselho Europeu e Alto Representante para a Política Externa!! Confesso que desconheço o personagem, mas do que li uma coisa me assusta, o que Onur Oymen (membro do Parlamento turco) diz que Herman Van Rompuy disse (ser) "totally against Turkish membership because of religious and cultural reasons". Ora, ou muito me engano ou este não é o espírito da União Europeia..nem é o que se "prevê" no preâmbulo do Tratado de Lisboa, onde se lê:
«(...)RESOLVIDOS a assinalar uma nova fase no processo de integração europeia iniciado com a instituição das Comunidades Europeias,
INSPIRANDO-SE no património cultural, religioso e humanista da Europa, de que emanaram os valores universais que são os direitos invioláveis e inalienáveis da pessoa humana, bem como a liberdade, a democracia, a igualdade e o Estado de direito,
RECORDANDO a importância histórica do fim da divisão do continente europeu e a necessidade da criação de bases sólidas para a construção da futura Europa,
CONFIRMANDO o seu apego aos princípios da liberdade, da democracia, do respeito pelos direitos do Homem e liberdades fundamentais e do Estado de direito,
(...)
DESEJANDO aprofundar a solidariedade entre os seus povos, respeitando a sua história, cultura e tradições,
(...)
RESOLVIDOS a continuar o processo de criação de uma união cada vez mais estreita entre os povos da Europa, em que as decisões sejam tomadas ao nível mais próximo possível dos cidadãos, de acordo com o princípio da subsidiariedade,
NA PERSPECTIVA das etapas ulteriores a transpor para fazer progredir a integração europeia,
(...)»
Que a memória, a inspiração, o desejo, a força de vontade e a 'visão' dos 27 vençam e que sejam criadas as condições para novas adesões no caminho que me parece cada vez mais como o da  fundação dos Estados Unidos da Europa.

17 November 2009

'EU rejects Palestinian state plan'

Adorava conseguir perceber a razão da submissão a Israel no que toca à 'questão palestina'. 'Tem de haver primeiro um Estado para que esse Estado possa ser reconhecido' - diz, mais ou menos por estas palavras, Carl Bildt.
Se ninguém reconhece o Estado da Palestina como poderá haver um Estado?
Israel afirma que anulará "acordos" do passado, caso a Palestina avance, unilateralmente, para a proclamação do 'seu' Estado. A Palestina não vê outra solução que não a de pedir o endorsement of statehood ao Conselho de Segurança das Nações Unidas - ainda que não deixe de pensar que nunca seria aprovado, pois, garantidamente teria, pelo menos, o veto dos EUA - e a União Europeia que faz? Diz que é "prematuro"...Prematuro em relação a quê? Em termos temporais, como pode ser exigido que se espere mais? O que prende, de facto, a União Europeia e os Estados Unidos da América aos "apetites" israelitas? 

16 November 2009

'Palestinians warned over UN move'

12 November 2009

GUANTANAMO

Al Jazeera English - Focus - Guantanamo conditions 'deteriorate'

source: Aljazeera
«(...) "I recognise all of this," he says. "There are still more than 200 people in Guantanamo. Since Obama became president, less than 20 have been released. I don't know why, but he has broken his promises."» - Mohammed el Gharani, released from Guantanamo


A política de Guantanamo - que viola, por natureza, todas as convenções, todas as normas de Direito Internacional, que viola os direitos humanos mais básicos - continua a ser tolerada.
É verdade que Obama prometeu o encerramento de Guantanamo e melhores condições para os aprisionados, enquanto o processo de encerramento não fosse concluído. É também verdade que nenhuma das promessas foi cumprida. Mas, também é verdade que o Mundo toma uma atitude mais ou menos passiva em relação a esta questão. Continua a haver uma espécie de submissão àquilo que ditam os Estados Unidos da América e o inerente receio de contrariar as suas políticas. Poderei estar a fazer afirmações demasiado peremptórias e absolutas...mas não deixa de ser verdade o que digo e não deixa de ser verdade porque Guantanamo ainda existe e, como diz Mohammed el Gharani - cujo processo de libertação após ter sido considerado inocente (que espanto, não é?!) teve os precalços - menos de 20 pessoas foram libertadas de mais de 200 pessoas que ainda lá se encontram! Se num ano nem 20 são libertadas, quanto tempo demorará a libertar as mais de 200? A regra de "3 simples" é simples e, neste caso, aterradora...
Alguém me explique o significado de "honor bound to defend freedom" porque se me escapa...

source: Aljazeera

11 November 2009

Gary Cooper

Parafraseando M.R. "(...) De todos os homens de 1989 o mais extraordinário foi Gorbachev, um herói solitário, como Gary Cooper, que meteu a pistola no bolso e mudou o Mundo. Oxalá, muitos lhe sigam o exemplo! (...)"

source: Google & EUISS http://www.iss.europa.eu/

9 November 2009

9 de Novembro de 1989

Tal como nos propusemos fazer, cada uma de nós escreveu sobre 9 de Novembro de 1989:
Por Echo
O Mundo celebra hoje os 20 anos sobre a queda do muro de Berlim…. A queda da grande “barreira de ferro”, uma ocasião com os mais diversos sentidos e representações…o fim da guerra fria, o anunciado fim do sistema comunista ou a vitória do imperialismo e, numa visão europeia, o necessário passo para uma Europa reunificada…
Dois elementos de paralelismo com Portugal chamaram a minha atenção. Em primeiro lugar encontramos o facto de ambas serem revoluções pacíficas que “destronaram” dois regimes de mais de 40 anos totalmente estabelecidos. Numa outra nota, o sentimento da reaproximação daquele que era um só povo mas cujas diferenças inerentes a ambas as comunidades onde viviam, trouxe ao de cima um sentimento de inadaptação e ressentimento de parte a parte, que foi sentido por ambos os lados do muro de Berlim e ainda por muitos “retornados” das nossas ex-colónias.
Não queria apresentar uma visão política, europeia ou internacional, sobre o tema. Interessou-me essencialmente a reeducação social e pessoal de quem se encontrava dos dois lados de uma divisória de meros metros que criou dois mundos tão diferentes entre si que mais poderia ser um caso de ficção científica. Foi por feliz acaso que olhando para a Publica de Domingo me deparei com o testemunho directo de quem passou por aquele que é, até aos dias de hoje, um dos momentos históricos desta geração.
Se a sensação inicial de ambas as partes do muro foi a de reunificação de um Povo a verdade é que houve um verdadeiro choque cultural. Quem pertencia à anterior RDA necessitou de reaprender a sobreviver numa sociedade onde o pessoal se sobrepõe ao comunitário e muitos não se sentiram preparados para, na rapidez que lhes foi imposta, se auto propor ao necessário reexame da sua vida até então. Já da parte da RFA foi necessário compreender que a queda do muro e a desejada reunificação de ambos os lados representaria uma adaptação e esforço (ainda que para o Oeste seja mais do ponto de vista económico) que teria de ser realizado de parte a parte.
Inicialmente o grande impacto foi a abertura a um mercado e cultura de capitalismo ocidental. As pessoas de Leste foram recebidas naquelas primeiras horas com champanhe e apesar de ser notória a diferença entre as pessoas que compunham ambos os lados, expressavam verdadeira alegria. É interessante ouvir as histórias de como o Leste ficava à espera da abertura das primeiras lojas olhando incessantemente para as vitrinas que continham todos os produtos a que não tinham acesso ou cujo acesso era fornecido através de “produtos brancos” criados pelo Estado, cujo exemplo provavelmente mais conhecido por todos nós seja a vita-cola (imitação da RDA da Coca-Cola). No entanto, ao mesmo tempo ouvimos diversos relatos em como a existia uma sensação de vergonha pelo deslumbramento sobre os produtos inacessíveis que raiava quase o incompreensível para a comunidade da RDA, tais como o facto de as pessoas virem com quantidades incompreensíveis de sacos de plásticos (na RDA apenas existiam sacos de papel) a velha piada da banana, produto inacessível na RDA. Por outro lado encontramos relatos em como o Oeste atravessava o muro como quem realiza uma excursão de turismo apontando para os locais, a falta de actualização com os tempos, as pessoas e as coisas que elas usavam, sentindo que entrava num qualquer estúdio cinematográfico que representava Berlim de há 20 anos.
Houve que ultrapassar o sentimento de inferioridade cultural/económica por parte de quem viria da RDA. Ainda hoje a Alemanha de Leste é considerada pobre e vazia e a Alemanha de Oeste rica e jovem. Muitos dos mais novos cidadãos de Alemanha de Leste quando questionados sobre o que irão fazer quando forem mais velhos lhe responderão que irão partir para o Oeste (para onde e fazer o quê especificamente não é o mais importante, o mais importante é ir para o Oeste ainda considerado o moderno e o futuro). Caso um pouco diferente encontramos na própria cidade de Berlim em que o lado Leste é o lado considerado cool, onde as casas são mais caras e onde qualquer jovem que viver – um pouco como a juventude de Lisboa e os antigos bairros populares da cidade.
Mas não foi somente esta abertura cultural ao resto do mundo que se apresentou com a queda do muro, foi ainda a necessidade de quem pertencia à antiga RDA de reaprender a deixar de depender num estado de providência que tomava nas suas mãos as decisões e escolhas do programa educacional, social e politico de uma sociedade. Indicador desta necessidade é uma pequena história de um homem que dirigindo-se a uma livraria procurava um livro, mas quando atingida a sua prateleira deparou-se com sete livros do mesmo autor. “Fiquei sem saber o que fazer, e saí de lá sem nenhum livro, muito deprimido por não conseguir lidar com a situação.” Muitos não se conseguiram encontrar numa sociedade em que teriam que mudar radicalmente e num curto espaço de tempo o que teriam vivido em quarenta anos onde a vida se encontrava programada pelo poder, um terceiro acima do povo. A indicação inicial de que viria a caminho um futuro e uma terra prometida colapsou perante uma vaga de desemprego que atingiu a ex-RDA. O povo do Leste teve de enfrentar e enfrenta ainda hoje a desertificação da população jovem, o desemprego e a incapacidade de produção de forma igualitário a nível nacional. Por seu turno o povo do Oeste, tem de compreender que com a reunificação existe a necessidade de reconstrução que é da obrigação de ambos os lados e não utilizar a ajuda financeira que ainda hoje é entregue pelo Oeste como motivo de ataque. Aliás muito se perdeu com a falta de abertura político-social do Oeste. Ainda que imperfeito na sua totalidade a realidade é que o sistema implementado no Leste apresentava diversos sectores de sucesso, que não souberam ser reaproveitados ou adquiridos pelo Oeste tais como o sistema de educação e implementação de diversos benefícios sociais.
Um dos testemunhos de um cidadão de Berlim Oriental que li pareceu-me transpor esta mensagem em poucas palavras: “Eu não tive de mudar quem era quando houve a reunificação (…) Eles tiveram de mudar quase tudo. Tiveram de desistir da solidariedade para enquadrar na nova sociedade. E nem todos tiveram resposta para a questão de quem eram então, depois de não poderem ser quem foram durante 40 anos.”
A principal lição a reter dos factores sociais da queda do muro de Berlim não se remete somente ao facto de que não basta que a população deseje se auto-retirar de um sistema que não permite a sua total liberdade, é necessário compreender que tal adaptação poderá mesmo demorar o dobro do tema que o sistema de que se libertaram se encontrou estatuído. É ainda necessário relembrar que só porque não compreendemos o sistema num todo não deveremos retirar-lhe a possibilidade de demonstrar e manter vivo aquilo que se apresenta como uma mais-valia para o povo que o compõe, cujas expectativas, ainda que para nós incompreensíveis em tempos de mudança deverão ser compreendidas e se possível preenchidas…Hoje, mais que ontem, com a incursão mais ou menos pacífica do ocidente, em diversos pontos do mundo, esta compreensão, adaptação e ajuste de sistemas é uma lição a retirar do Muro.
Echo
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Por M.
Ainda que simbolicamente, o muro erguido em Berlim significava o muro erguido no mundo que o dividia em 2 pólos.
O conflito dito latente que pairou no mundo desde o fim da II Guerra Mundial alimentou muitos e trágicos conflitos indirectos - pensemos na guerra da Coreia ou do Vietname - que tanto de “latente” como de “frio”, na minha opinião, tiveram pouco.
A União Soviética e os Estados Unidos da América apoderaram-se do Mundo e fizeram dele o palco das suas batalhas.
Viveu-se no equilíbrio do terror e não chegou, de facto, a acontecer o que mais se temia, uma nova Guerra Mundial termo-nuclear capaz de destruir a Humanidade.
Episódios sangrentos do conflito EUA vs. URSS/URSS vs. EUA tiveram lugar mundo fora, exemplos clássicos serão o Vietname, a Coreia e o Afeganistão. Leio “os Estados Unidos da América perderam a guerra no Vietname”, “a Rússia perdeu no Afeganistão”, mas verdadeiramente não foram nem os EUA nem a então União Soviética que perderam ou ganharam aquelas batalhas, cujo palco estava misplaced, foram os vietnamitas, foram os afegãos, foram os coreanos, foram todas as pessoas (não importa a sua nacionalidade) que, sem escolha, tiveram de fazer de figurantes num teatro que não lhes dizia respeito, não directamente.
Em nome da liberdade, o muro caiu, o de Berlim. Outros, ainda que invisíveis, continuam bem firmes e altos – como é evidente no Médio Oriente.
20 anos depois a Alemanha ainda vive no rescaldo do que foi a "separação de Berlim", mas a liberdade que se afirmou com a queda do muro não se atenua, antes progride.

O mundo já não é bipolar e a Europa faz-se ouvir cada vez mais “a uma só voz”, os Estados Unidos, com o fim da administração Bush, já não estão de costas voltadas para o multilateralismo e abandonaram o sonho perigoso da hegemonia unipolar que provocava novas bipolaridades, quanto à Rússia receio o reacender de um nacionalismo eventualmente agressivo.
Fracassos, como os vividos na Bósnia e no Ruanda mancham a “lição europeia”, mas sucessos houve, como Timor e Kosovo, que a revigoram e permitem crer na construção progressiva de um mundo capaz de dar um sentido multilateral à multipolaridade, um Mundo em que os pólos não preparam a guerra aniquiladora, mas que encontram na interdependência a e a força para a cooperação internacional e que cria as condições para um esforço conjunto pela defesa dos direitos humanos. Em suma, um Mundo que faz da intervenção militar um último recurso.
Utopia dirão alguns, mas não eram considerados utópicos ou fantasistas os que, há mais de 20 anos, acreditavam que o Muro de Berlim podia cair e os países do Pacto de Varsóvia integrarem-se na Europa Comunitária?
M.

7 November 2009

Os dois homens que, em 1989, "representavam" o 'mundo bipolar', sentam- -se com David Frost.

Não sei se a queda do Muro de Berlim terá mesmo significado o fim da Guerra Fria, tenho sérias dúvidas sobre isso, ainda que acredite que, pelo menos, o simboliza...porém, foi um fenómeno em nome da liberdade, em nome do fim da discriminação, em nome do fim da separação, em nome do fim da existência (oficial) de dois lados no mundo (o dos EUA e da URSS).

Source: Google

5 November 2009

General Assembly begins debate on UN rights probe into Gaza conflict

General Assembly begins debate on UN rights probe into Gaza conflict

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Claude Levi-Strauss

"Le barbare c'est d'abord celui qui croit en la barbarie"

Claude Levi-Strauss (Source: BBC)
Sur le site de la BBC j'ai lu un article intitulé "In search of french identity" qui parle aussi de Claude Levi-Strauss...Mais quelle est la liaison entre Levi-Strauss et l'identité française, en débat en France et dans la presse étrangère?
Je n'arrive pas a comprendre pourquoi les français s'interroge sur ce thème, et quelle est l'importance de définir "qu'est-ce qu'être français?".

Al Jazeera English - Europe - UN court imposes lawyer on Karadzic

Al Jazeera English - Europe - UN court imposes lawyer on Karadzic

4 November 2009

«Irredeemably biased»'?


source: Reuters
Não é com grande surpresa que leio o chumbo do Goldstone report, pela Câmara dos Representantes, mas é com alguma tristeza...
A defesa cega da política israelita por parte dos americanos é incongruente com a política da administração Obama para o Médio Oriente.
Aparentemente as razões da "rejeição" são diferentes: as  invocadas pelo governo americano para não endossar o relatório não têm a ver tanto com a substância, mas sobretudo com o efeito suposto daquele, sobre o reatar das negociações de paz; já o voto na Câmara dos Representantes apoia o governo americano na sua posição de não endosso do relatório, em essência, mas fá-lo com base em considerações sobre o conteúdo, tido por parcial.
Não me parece que seja precisa uma leitura extremamente atenta e crítica do relatório para perceber que entre Israel e a Palestina há uma desproporção de meios e de poder, de força militar, até de apoios!
Analisando os factos tout court - que são de conhecimento público - como podem susbsitir dúvidas sobre os papéis desempenhados por Israel e pela Palestina?
O que acontecerá agora?
Na Assembleia Geral da ONU (AG) o endossar do relatório - uma proposta de resolução das Nações Unidas - vai ter apoio esmagador. A dúvida está em se esse apoio - além da vertente moral (que é bastante importante) - terá algum efeito prático porque, por ex., para poder servir de "indício" e motivo de abertura de processo de investigação para o Tribunal Penal Internacional é precisa a aprovação do Conselho de Segurança, onde nunca "passará" porque é certo que os Estados Unidos o vetarão.
Os Estados Unidos já afirmaram que não endossavam o Goldstone Report e agora têm uma resolução da Câmara dos Representantes a dizer que mantenham essa posição, o que significa que se chegassem a submeter o relatório ao CS - é pouco provável que o façam, uma vez que na maioria dos casos o anúncio do veto tem um efeito dissuasor (a última vez que se procurou forçar um veto foi em relação ao Iraque, mas não chegou a ser necessário o veto de França porque a maioria do CS chumbou a resolução, mesmo sem o veto francês) - os Estados Unidos usariam o direito de veto.
O endosso é seguro, Israel está numa minoria esmagadora na AG, porém é de esperar que os europeus se abstenham...ou não votem sequer, que, pura e simplesmente, não tomem posição. Se assim for, é lamentável. Não tomar posição na questão do Médio Oriente mais do que se submeter à posição americana é, na minha opinião, ceder à chantagem de Israel.
Goldstone report @

3 November 2009

O poder da "Causa"

Vinda da Galiza, entra amanhã em Portugal a "Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência".
Os objectivos dos promotores deste evento, como se poderá constatar na comunicação social, são, no mínimo, ambiciosos: "a eliminação das armas nucleares; retirada imediata de tropas invasoras de territórios ocupados; progressiva e proporcional redução de armas convencionais".
A marcha a pé, em Portugal, tem entrada em Valença do Minho, seguindo-se as passagens por Viana do Castelo, Braga, Famalicão, Porto, Aveiro, Vouzela, Viseu, Coimbra, Tavira e Lisboa.
Ora, este é um tema que pouca oposição encontrará (afinal quem no seu prefeito juízo gosta de guerra, violência e destruição?) e muito apoio necessita a nível mundial. Compreendo o seu cerne, mas comecei a indagar: E o povo espanhol e português, para além de um sonho utópico a curto prazo, contra quê protestarão que realmente faça sentido numa Península Ibérica? Ao fim e ao cabo, Portugal e Espanha não possuem, nem pretendem possuir armas nucleares; o nosso País nem sequer tem centrais nucleares para produção de electricidade... Será que a necessidade por uma causa - por uma marcha que não seja realizada por sindicatos de trabalhadores - é assim tão grande? Realmente como fui relembrada, não há qualquer marcha por uma “causa” em Portugal desde os saudosos tempos das mãos dadas por Timor!! E os portugueses são saudosistas, marcados pelo fado, são os chorosos na TV que “partilham a dor de outros povos”, que se unem aos milhares pela “causa”....para depois irem tomar um cafézito ali na esquina e se esquecerem por que razão marcharam no dia anterior! Mas sim, fazemos uma bonita figura naquelas horas de marcha silenciosa (ou não), mas sempre pacífica, pela dor dos outros... Não me interpretem mal, sou a favor do apoio a causas maiores que nós, causas universais, sim ainda acredito que o gesto de um faz a diferença...
Porém, isso não me impede de procurar limar todas as interpretações desta marcha, principalmente na pacífica Península Ibérica. Afinal, qual a sua interpretação prática para o povo português? Sim porque, por muito fado que nos corra na veia, o povo une-se mais quando existe uma ligação afectiva à "causa"... Foi-me então relembrado que para além da Paz - via desamarmento nuclear e redução de armas - existe uma ideia intrínseca à marcha que imediatamente se liga ao povo português...a retirada dos militares espanhóis e portugueses no Afeganistão!! Ora, sim, li “armas nucleares” e esqueci totalmente o outro objectivo da marcha, a “retirada imediata de tropas invasoras de territórios ocupados”.
É este o ponto que "mexe" com o povo português numa nota mais directa, o retorno das suas tropas...Portanto esta marcha pela paz, em plena Península Ibérica, é na realidade um apoio à retirada imediata das tropas “ibéricas” de um país onde se luta pela Liberdade e contra o regresso de um poder talibã, que apenas poderá ser descrito como 'bárbaro'. O enfraquecimento da NATO, a devolução de um poder enfraquecido a um povo sem qualquer poder per si....?? Podemos nós ser considerados tropas invasoras? E o Afeganistão um território ocupado?
Realmente somos tropas, encontramo-nos em território que não é nosso e sim ocupamos parte do Afeganistão...Recuso-me a ver as nossas tropas como invasoras. Somos pró paz!! Assim, marchamos por uma ideologia universal - PAZ!! E quem sou eu para negar algum gesto pela PAZ? Se puder irei, mas apenas pela paz e não por uma qualquer deformada ideia das NOSSAS tropas, que fique bem claro....
E pensar que iria só porque ouvi a palavra paz. A mim basta-me, a Paz é fundamento mais do que suficiente para marchar, mas não quero que interpretem o meu motivo que é um único: a paz, sem dar azo a quem quer deturpar o sentido da mesma...

Finally...

«(...) turn the EU into a super state with little democratic control (...) to ensure the treaty would not allow ethnic Germans expelled from former Czechoslovakia after the second world war to reclaim their property.(...)»



The problem would be the criation of a "super state with little democratic control" or allowing the germans to try to recover what was abruptly stollen from them?
I disagree: it won't (that's not its purpose) create a super state, but a more united/unified union (pleonasm intended), a "27 democracy", a "common democracy" without nullifying neither of them.
As to the germans...the denial of a right (as fundamental as it is viewed the "property right") being at the basis of the unwillingness to sign the treaty says a lot about Presiden Klaus...

2 November 2009

Al Jazeera English - CENTRAL/S. ASIA - Karzai declared Afghan poll winner

Al Jazeera English - CENTRAL/S. ASIA - Karzai declared Afghan poll winner
Previsível que acontecesse...no entanto, nem por isso menos questionável a legitimidade de Karzai.
Não se conseguiu que as eleições no Afeganistão fossem transparentes...não é que nos Estados Unidos costumem ser.. por isso o exemplo seguido não terá sido o melhor. Ainda assim: uma comissão eleitoral independente que asseguraria a legitimidade do processo...são anulados não sei quantos mil votos, o que faz com que seja necessária uma segunda volta. Abdullah exige que, pelo menos, a comissão seja mudada, é-lhe negada tal exigência. Mantém-se a segunda volta, Abdullah desiste, mantém-se a segunda volta, será apenas com um candidato e com a mesma comissão eleitoral. Afinal não, já não há segunda volta e o vencedor é o mesmo da primeira, aquele a quem foram retirados não sei quantos mil votos...
?

Al Jazeera English - CENTRAL/S. ASIA - Deadly blast rocks Pakistani city

Al Jazeera English - CENTRAL/S. ASIA - Deadly blast rocks Pakistani city

source: Aljazeera

1 November 2009

Público - O destino da Europa só pode ser o mesmo dos EUA: uma federação democrática



O conceito de soberania, de Estado Soberano não é o mesmo de "ontem". O valor que lhe é atribuído varia de Estado para Estado e também de corrente política para corrente política. Uns afirmarão que o Tratado de Lisboa significa a "perda de soberania", para mim significa o encontro de soberanias e a formação de uma outra, a europeia.
Não sou apologista da criação dos Estados Unidos da Europa à imagem americana, mas antes à imagem europeia, uma união de estados democráticos que não perdem a sua individualidade, que não se tornam num só Estado (ou num Super Estado), que não se anulam uns aos outros, antes se reforçam ou enfraquecem mutuamente: quando um ganha todos ganham e quando um perde todos perdem.

Público - Portugal na Europa-Mundo

Público - Portugal na Europa-Mundo
Uma visão sobre a defesa e política externas...colocar Portugal no caminho que vai ao encontro da Paz Mundial.
"(...) Se a política externa portuguesa ganhou universalidade, ainda não é identificável por um conjunto de valores que lhe dêem identidade própria no contexto internacional. Portugal, cuja transição democrática é fonte de inspiração para muitos, devia fazer dos Direitos do Homem uma marca distintiva da sua política internacional e da sua cooperação. Deveria propor uma perspectiva de multilateralismo eficaz, que faça da protecção dos cidadãos a sua razão de ser."

Some News...

"Obama lifts a ban on U.S. entry of those with HIV/AIDS"
It was about time... After 22 years, this restriction ends. Finally it is understood that fear cannot rule, that it can't be the foundation of anything.
Now people will seek treatment, they won't be afraid to get tested.. The consequence of being HIV positive is not to be completely discriminated - even though we all know that people that are HIV positive or have AIDS are treated differently, nevertheless a step is about to be taken.

"Karzai rival Abdullah quits Afgan run-off"
After his demand being denied - another Election Comission, suspect of favoring Karzai - Abdullah quits. From what I've heard there won't be any legitimacy for the next government, it will be a second round with only one candidate - even though Hillary Clinton has said that it had also happened in the USA so it wouldn't be a problem... - with the same Election Comission that of "independent" has little..if the credibility of the process is at stake how can the "winner" be legitimated to govern?
It seems, as Abdullah says, that "transparent election is not possible".

"Palestinian accuse U.S. of killing peace prospects"
It's urgent that some achievement is reached in the Palestinian Question. It appears to me that Barack Obama, despite giving great importance to the Middle-East conflict, is acting upon fear and he cannot continue to defend Israel's position.
It is time to act, more than to think.

"Don't Gloss Over Stalin's Crime, Medvedev Says"

source: New York Times

source: BBC News
Stalin's totalitarin regime led to the death of millions...a horror that words can't describe.